Paris está buscando estreitar suas relações diplomáticas com países emergentes e líderes regionais, já que até aqui esteve concentrada nos parceiros europeus e nos EUA. Agora aposta em países como Índia, Egito e África do Sul para beneficiar sua economia e aumentar sua influência geopolítica. O objetivo é consolidar parcerias sólidas, tendo como modelo a relação estabelecida na área diplomática, econômica e militar com o Brasil.
"A França está procurando novos parceiros e percebeu que pode estreitar a relação com os emergentes. Tentou com o Brasil e deu certo", diz Laudemar Aguiar, ministro-conselheiro da embaixada em Paris. "Brasil e França compartilham a mesma análise política e querem trabalhar juntos", confirma o embaixador da França em Brasília, Antoine de Pouillieute.
A aproximação com o Brasil também é vista por Paris como uma necessidade, já que com gigantes como China e Rússia a relação é tempestuosa. "De um lado, a França tem dificuldades históricas com Rússia, Índia e China. De outro, sabe que o Brasil é o país que funciona melhor entre os emergentes", disse ao Estado Dominique Moise, cientista político francês, professor da Universidade Harvard.
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